Você já parou para pensar que o cabelo é um tecido vivo e que sua beleza tem um valor empoderador? Devido a sua importância, não dá para passar batido pela saúde dos fios. No menor sinal de alteração no volume, brilho e demais aspectos dos cabelos, é hora de ligar o alerta e saber mais. Pensando nisso, o Dr. Lucas Telles, dermatologista especialista em tricologia médica, dá algumas informações sobre a fisiologia e funcionamento dos cabelos. Confira!
Dos 5 milhões de folículos pilosos que surgem no corpo de um bebê, apenas 100 mil estão presentes no couro cabeludo. Esse número é mantido ao longo da vida, mas novos fios de cabelo são gerados todos os dias, atendendo a um ciclo de vida.
O ciclo de vida capilar possui três fases: na chamada fase anágena ou de crescimento, ocorre a multiplicação das células a partir da raiz. Essa fase dura cerca de 2 anos em homens e 3 a 5 anos nas mulheres. Nessa fase é também determinado se os cabelos serão longos ou curtos. “Uma pessoa com fase anágena de curta duração não consegue ter cabelos longos”, explica o Dr. Lucas.
A segunda fase chama-se catágena e é nela que os fios se programam automaticamente para parar de crescer e entrar em latência, desprendendo-se da raiz. Essa fase dura cerca de 2 semanas. Por fim, existe a fase telógena, quando o cabelo cai naturalmente. Os cabelos que se soltam ao toque mais leve, que ficam na escova ou caem no chão ao longo do dia estão nessa fase. Essa fase leva em torno de 3 meses. “Toda vez que um cabelo cai tem outro nascendo em seu lugar”, explica o Dr. Lucas.
Vale ressaltar que o cabelo não tem sincronia entre os fios e cada um está em uma fase diferente ao mesmo tempo, sendo completamente independentes uns dos outros. Espera-se, no entanto, que exista um equilíbrio entre fases diferentes dos fios, resultando em uma abundância de fios fortes e saudáveis na cabeça. “Se o fio ficar menos tempo na primeira fase do ciclo capilar (anágena), mais fraco e curto ele será”, diz o Dr. Lucas.
Entre os fatores que alteram as fases do crescimento capilar estão: fatores genéticos, alterações hormonais (gravidez e menopausa), medicamentos e quimioterapias, estresse, idade, agressores (calor, química, tração e tintura), doenças como a alopecia e dieta pobre em nutrientes. Sabendo de tudo isso, vale ficar atento ao ciclo de vida do seu cabelo e procurar um médico especialista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, ao menor sinal de mudança nos seus fios, certo?