Anos de consultórios e atividade de medicina trazem algumas certezas: você não sabe ou não aplica protetor suficiente no seu rosto. Mas isso não é um caso isolado, pois há muita gente no mesmo barco que você. Estudo da Adta Dermato-Venereology mostrou que a maioria das pessoas aplica metade de filtro solar necessária para conseguir o nível de proteção indicado.
Mas, por que isso acontece? Primeiro, porque ninguém quer desperdiçar um produto tão caro e… nada mais justo. Depois, porque alguns filtros deixam a pele esbranquiçada. O dermatologista Dr. Fernando Fagundes explica: esses são os filtros que contêm óxido de zinco e dióxido de titânio, ingredientes chamados de bloqueadores físicos. Quanto mais alta a concentração de bloqueadores físicos, mais efetivo é o filtro solar (o que é muito bom se você está na praia), e mais “branquelo” fica o seu rosto.
Esses bloqueadores são recomendados especialmente para a pele delicada das crianças – ainda bem que elas não ligam de ficar com a face branca! Mas, os adultos se importam. Por isso, existem filtros com base, cuja cor é parecida com o tom de pele. Ou, então, há filtros que contêm uma combinação de ingredientes físicos e químicos, que não dão essa aparência tão esbranquiçada.
O estudo demonstrou também que um protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de 50, protege a pele em 40% da proteção esperada se for aplicado com uma camada fina. Ou seja, escolhido o filtro, não se pode economizar na quantidade aplicada. Mas o que isso significa? De acordo com a embalagem, significa: aplique 2 miligramas por centímetro quadrado de pele. Técnico demais? A tradução disso é a regra da colher de chá, que todo mundo vai entender: é necessária 1 colher de chá de filtro para cobrir o rosto de um adulto.
Como se pode notar, a escolha do filtro solar adequado para você não é tão simples como aparenta. Sugerimos que você procure seu dermatologista para indicá-lo, respeitando as suas individualidades e particularidades.