É estranho pensar em fios literalmente sustentando o seu rosto para ele voltar a ser mais jovem, não é? Mas saiba que esse procedimento pode retardar a necessidade de uma cirurgia facial! Vale entender como o corpo funciona e como o procedimento acontece. Quem explica é a Dra. Marina Fagundes, especialista em cirurgia facial!
“Em um rosto jovem, a camada de gordura e os músculos estão firmemente ancorados na estrutura óssea. Suas características são: contornos bem marcados, volume preservado, pele lisa, sem rugas ou sulcos. A partir dos 30 anos, com o início do processo de envelhecimento, há perda progressiva dessa ancoragem, ocasionando a flacidez da pele, perda de volume e surgimento das rugas e dos sulcos. Os fios de sustentação surgem neste contexto”, explica a Dra. Marina.
Os fios de sustentação, portanto, ao serem associados a outros tratamentos como o preenchimento facial ou a aplicação de toxina botulínica, restauram o contorno facial. Os fios fazem um efeito de tração na musculatura e na pele do rosto e do pescoço, de alguns centímetros. Os fios são compostos por um material absorvível e biocompatível chamado de polidioxadona (PCO), sendo absorvidos pelo corpo ao longo de 7 ou 8 meses. A boa notícia é que durante sua absorção, a polidioxadona estimula a produção de colágeno no paciente.
O procedimento é uma alternativa a retardar a cirurgia facial, mas não a substitui. A colocação dos fios de sustentação é feita mediante anestesia local, sem necessidade de cortes cirúrgicos ou sedação. Os fios são introduzidos com uma agulha até o tecido subcutâneo e direcionados até onde se deseja promover o efeito de lifting. As regiões de maior indicação para os fios de sustentação facial são os supercílios, o contorno da boca, o “bigode chinês”, o pescoço e os maxilares.